A turmalina em pó é derivada da turmalina, um complexo grupo de minerais de silicato de boro com a fórmula química geral XY₃Z₆(Si₆O₁₈)(BO₃)₃(OH)₄. Aqui, X pode ser Na, Ca, K ou H₃O; Y inclui Mg, Fe, Mn, Li, Al; e Z é geralmente Al, Fe³⁺ ou Cr. Este mineral se forma sob condições geológicas diversas, principalmente em pegmatitos graníticos e rochas metamórficas. Alta temperatura e pressão, juntamente com a presença de fluidos hidrotermais, facilitam sua cristalização.
As principais fontes globais de turmalina são o Brasil, renomado por produzir cristais vibrantes e de alta qualidade, que são posteriormente processados em pó. Nos Estados Unidos, particularmente na Califórnia, também existem depósitos significativos. Na Ásia, Afeganistão e Paquistão fornecem turmalina usada para produção de pó, enquanto a China, especialmente em Yunnan e Mongólia Interior, possui minas de turmalina notáveis.
A produção de pó de turmalina envolve vários passos. Após a extração, o minério bruto é triturado para reduzir seu tamanho. Em seguida, ele passa por moagem para atingir a finura desejada. Processos de purificação, como separação magnética para remover impurezas contendo ferro e lavagem para eliminar poeira, são realizados para melhorar a qualidade do pó.
A pó de turmalina é valorizado por suas propriedades físicas únicas. Ela exibe piezoeletricidade, gerando uma carga elétrica quando submetida a estresse mecânico, e pirroeletricidade, produzindo uma voltagem em resposta a mudanças de temperatura. Essas propriedades tornam-na útil em dispositivos eletrônicos, sensores e atuadores. Além disso, sua estabilidade química e dureza (7 - 7,5 na escala de Mohs) permitem aplicações em cerâmicas, onde melhora a resistência e a capacidade de suportar choques térmicos. Em cosméticos, a textura fina da pó de turmalina e sua capacidade de refletir luz são utilizadas para melhorar a aparência do produto e a sensação na pele. Suas características diversificadas continuam impulsionando a inovação em várias indústrias.